| Meu povo, preste atenção na roda que eu te fiz
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| Quero mostrar a quem vem aquilo que o povo diz
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| Posso falar, pois eu sei, eu tiro os outros por mim
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| Quando almoço, não janto e quando canto é assim
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| Agora vou divertir, agora vou começar
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| Quero ver quem vai sair, quero ver quem vai ficar
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| Não é obrigado a me ouvir quem não quiser escutar
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| Quem tem dinheiro no mundo quanto mais tem, quer ganhar
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| E a gente que não tem nada fica pior do que está
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| Seu moço, tenha vergonha, acabe a descaração
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| Deixe o dinheiro do pobre e roube outro ladrão
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| Agora vou divertir, agora vou prosseguir
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| Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai sair
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| Não é obrigado a escutar quem não quiser me ouvir
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| Se morre o rico e o pobre, enterre o rico e eu
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| Quero ver quem que separa o pó do rico do meu
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| Se lá embaixo há igualdade, aqui em cima há de haver
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| Quem quer ser mais do que é, um dia há de sofrer
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| Agora vou divertir agora vou prosseguir
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| Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai sair
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| Não é obrigado a escutar quem não quiser me ouvir
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| Seu moço, tenha cuidado com sua exploração
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| Se não lhe dou de presente a sua cova no chão
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| Quero ver quem vai dizer, quero ver quem vai mentir
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| Quero ver quem vai negar aquilo que eu disse aqui
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| Agora vou divertir, agora vou terminar
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| Quero ver quem vai sair, quero ver quem vai ficar
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| Não é obrigado a me ouvir quem não quiser escutar
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| Agora vou terminar, agora vou discorrer
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| Quem sabe tudo e diz logo fica sem nada a dizer
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| Quero ver quem vai voltar, quero ver quem vai fugir
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| Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai trair
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| Por isso eu fecho essa roda, a roda que eu te fiz
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| A roda que é do povo onde se diz o que diz |