Informazioni sulla canzone In questa pagina puoi trovare il testo della canzone Bastidores, artista - Orelha Negra. Canzone dell'album Mixtape II, nel genere Рэп и хип-хоп
Data di rilascio: 24.03.2013
Etichetta discografica: Orelha Negra
Linguaggio delle canzoni: portoghese
Bastidores |
2011, semana académica de Faro |
'Tou dentro dos camarins não paro de fumar cigarros |
É o meu primeiro concerto desde '99 |
Nunca 'tive assim tão tenso, nervosismo intenso |
O M pergunta-me se 'tá tudo bem |
Eu digo-lhe que 'tá tudo ok, mas claro que não o convenço |
Passa-me um iPod com sons de Beto de Chelas |
Albuns de, Young Fellas e Nell Assassin |
Ando de uma sala 'pa outra sala a ver se a tensão se exala |
Da mala tiro uma garrafa de Ballantine’s |
Adamastor também 'tá bue intranquilo |
Eu assimilo toda a tensão que ele propala |
Faltam dez minutos 'pa subirmos ao palco |
Passam os minutos mais o pânico se instala |
Como é que o público irá reagir? |
Será que vai ser aquele silêncio dramático? |
Será que vão 'tar eufóricos, será que vão 'tar apáticos? |
Será que vão 'tar vibrantes, será que vão 'tar estáticos? |
Será que vão gritar por mim do início ao fim |
'Tou aqui no camarim a viver este stress traumático |
Amigo: Boy rebentaram o Chapa todo, dred, foda-se o gajo 'tá todo fodido |
Valete: B, 'pera, 'pera, 'pera, mas quem? |
Amigo: Foda-se 'pá aqueles gajos lá do bairro da Boavista, mano |
Rebentaram o gajo completamente, o gajo 'tá no hospital e o caralho, |
mano foda-se |
Valete: E esses gajos 'tão onde? |
Amigo: Os gajos 'tão lá ao pé de Fonte Nova, yaa. Mas um gajo, já dei a dica |
nos tropas, man. O pessoal já 'tá reunido e o caraças não há stress, mano |
Valete: Ya então 'tasse bem, um gajo 'tá aí no cubico apanha um gajo também |
Amigo: Tass b, tass b, até já |
Dois carros com cinco manos em cada um |
No carro onde eu 'tou gira-se uma birra e um charro |
Toda a gente exaltada, só eu em silêncio |
Manos mixam medo e fúria, sentimento bizarro |
Chegamos, avistamos os manos, saímos rápido dos carros |
Com pose de Sicílianos |
Esmurramos, pontapeamos os dois, ensanguentamos os gajos |
Festival de violência insâno |
Bue de ruído, bocas, narizes partidos, bue sangue escorrido |
E os dois gajos estendidos |
Voltamos para os carros, envaidecidos |
Da barbaridade que tinhamos cometido, sem sentido |
No carro, risos silênciavam os meus avisos |
Que daqui a um dia seriamos nós os agredidos |
Chegamos à Damaia, eu já 'tava mais que tenso |
Propenso a pensar que agora é que o beef tinha implodido |
Fui 'pa casa não consegui dormir |
A noite toda a refletir o quão aquilo foi descabido |
No dia seguinte fui ter com o 'craniano |
Para comprar aquela barreta que ele me propusera |
Agora vivo neste medo voraz, ando na rua sempre a olhar 'pa trás |
Quando aparecerem eles virão tipo às centenas |
Tipo hienas, prontos para fazer a merda mais obscena |
E o que é que eu farei com esta arma? |
Armar-me em gangster pa' evitar o karma? |
Dar tiros aos niggas como se 'tivesse em LA? |
Arrumar niggas como se não houvesse lei? |
Quando ela era só minha amiga dizia |
Que ele era a alquímia, magia que ela sonhara |
Que a relação deles tinha uma cinergia rara |
Aquele tipo de amor que nenhum tempo no mundo sara |
Seis meses de namoro, intenso e ardente |
E o sexo era sempre luminiscente e transcendente |
Agora ela é minha namorada |
Diz que 'tá enfeitiçada e o nosso amor é incandescente |
Ela despe-me e diz-me que me ama |
Olho nos olhos dela sinto-a soberana |
Tirana vulnerável, tesão indomável |
À espera que eu hoje seja incomparável na cama |
Envolvo o meu corpo no corpo dela |
Deitada, sinto-a frágil e singela |
Aperto-a, penetro-a, liberto todo o afeto que tenho por ela |
P’ra ela sentir a minha tutela |
Ela entraga-se, navega na comoção, no mar de excitação |
E no encaixe que nos atrela |
Penso no ex-namorado dela |
Nas noites de amor e ardor que ela contava |
Será que consigo dar-lhe a mesma transcendência? |
Será que consigo dar-lhe a mesma efervescência? |
Será que consigo ser assim tão sublime |
Fazer com que ela alucine através da minha veemência |
Penso, o meu pénis murcha outra vez |
Lá se vai toda a robustez e toda a magnificência |
Ela fica frustrada mas finge que entende |
Eu tento relaxar mas a tesão nao reacende |
Ela abraça-me e diz-me que não há stress |
Mais ela mostra compaixão, mas a excitação esmorece |
O que é que ela 'tá a pensar de mim? |
Que eu nunca chego ao fim, que o sexo é sempre assim, assim? |
Que eu sou impotente, incapaz, sempre fogaz na performace |
Ao contrário do ex dela que era um ás? |
Que nunca lhe vou dar prazer como o ex namorado |
Que lhe dava o céu estrelado e aquele sexo mordaz |