Informazioni sulla canzone In questa pagina puoi trovare il testo della canzone País de Poucos, artista - Fabio Brazza.
Data di rilascio: 21.03.2019
Linguaggio delle canzoni: portoghese
País de Poucos |
Eu nunca fui CDF na nota |
Mas meu rap declara mais que CPF na nota |
Pega o PDF e anota |
Trago a carga que sobrecarrega a mente |
E se a rima é um frete então eu vim pra ser o chefe da frota |
Do DF ao RJ, com uma condição |
A nossa seleção aqui não é a CBF que vota |
É de Mos Def e Sabota |
E resgata a criançada |
Com uma autoestima e cultura |
Numa postura que nem a UNICEF adota |
O rap importa |
E quando o estado fecha escola |
Diz pra mim quem vai abrir a porta? |
(Quem?) |
E não preciso ser bom aluno |
Pra saber que a boca da fome |
Mata mais que a boca de fumo |
Esse é o resumo da vida de consumo que nos consome |
E a fama de forma infame |
Ainda fomenta muita fome |
É foda, iPhone e TV plasma |
Mas a escola ainda é precária |
E a saúde é um hospital fantasma |
Ostentando seus troféus |
Aquele que senta no trono dos reis |
Desconhece o banco dos réus |
Desfila impunemente o lorde dos falsos |
E a Justiça é como a serpente, só morde os descalços |
Não é o mesmo crivo moral no livro penal |
O crime é relativo, e depende do indicativo social |
Se o moleque rouba: «Vai pro presídio marginal» |
Mas a empresa é absolvida de outro genocídio ambiental |
Esse é o Brasil, um país de poucos |
Esse é o Brasil, um país dos bolsos |
Cortaram as pernas do povo |
Mas o poder é controlado pelos braços do polvo |
Esse é o Brasil, um país dos porcos |
Esse é o Brasil, um país dos lobos |
País dos tolos |
Não é que não existe a lei |
Mas é que a lei aqui não é pra todos |
Fazendo free com o Fábio, acendi outra brasa |
Mil planetas pra NASA, canetas na faixa de Gaza |
Hip-Hop minha casa, extravasa menino |
Menos eu pra nós chegar, unir Judeu Palestino |
Rap é nosso hino, pique doutor destino |
Neto de dona Inácia, sagaz igual Severino |
Filho da dona Selma, fluente no português fino |
Que sempre me dizia: «Nando, tome atino» |
Fui tomar mais juízo, no bote só tinha coca |
Dispensei, pedi Fanta, serviram Pepsi choca |
Sociedade, ator que morre no rio |
A mesma não se comove com tanta morte no Rio |
Mais um copo vazio pra quem tem sede de fútil |
Ser foda tem tantos querendo, difícil é se tornar útil |
Inútil gastar saliva com os donos da verdade |
Quem acha que sabe tudo não sabe nem da metade |
Terra da impunidade, vieram de caravela |
Tanta coisa mudou, senzala virou favela |
Entre beco e viela, fui pedir a mão dela |
Onde morre Escobar com mente pra ser Mandela |
Seu time ganhando, cegando mais patriotas |
Estamos contando corpos, eles contando as nota |
Anedota adota cota da TV racista |
Mil escravos na novela, um pra capa de revista |
Quantos na entrevista fogem da guilhotina |
Que ignora currículo julgando a melanina |
Coca, cafeína, nicotina liberada |
E a droga da farmácia com a venda deliberada |
Álcool vicia, cirrose, morte na estrada |
Então explica porque maconha é discriminada? |
Manipulada a nação que segue cega igual gado |
Apreciando a tela de um Da Vinci perturbado |
Como mudar o quadro presos a moldura |
Tá sobrando MC onde falta rima madura |
Que muda o menor de fura com cultura e leitura |
Pra não fugir da escola e nem da viatura |