| É, mano, meu mano Deda sempre falou:
|
| Quem não tiver um proceder, mano, vish… Tá fodido, haha
|
| É, mas é o seguinte, mano, eu vou conseguir lutar
|
| Pela periferia do Canão, Boqueirão, Ipiranga
|
| É, mano
|
| Oh, please! |
| Vários manos, oh, please, oh, please, oh, please
|
| Pode acreditar, oh, please!
|
| E os loucos chegam assim
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, te pode submeter
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, você só vai se submeter
|
| Às exigências que o medo pode te oferecer
|
| Sei que as leis são rudes, ha, ladrão!
|
| Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é
|
| Cordial, temos que ser, prevalecer impune
|
| Mas nunca mude!
|
| E dando ouvidos fiz o que pude
|
| É… fiz o melhor que pude
|
| Quem tá na nóia não dorme, vê lobisomem
|
| Qualquer esquina delirante, hilariante
|
| Mas pros manos que fazem o crime é, firme
|
| Armas de grosso calibre, há quem revide a blitz
|
| Que Deus me livre!
|
| A fome a cada dia faz um ser pro crime
|
| Ser pobre não é querer nascer humilde
|
| Requinte, age na humilde mais que vinte
|
| Periferia é o seguinte, realidade vive
|
| Pode crer, daria um filme
|
| Massacre, desossaram, protege de R-15
|
| Os que apavora, apavorados serão na quebrada
|
| Ser malandro num é marcação, jão, se joga
|
| Aqui fora o mundo, a rua, as minas continua
|
| Curtindo a maior lua, ráá…
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, te pode submeter
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, você só vai se submeter
|
| Às exigências que o medo pode te oferecer
|
| Sei que as leis são rude, rá ladrão!
|
| Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é…
|
| Cordial temos que ser, prevalecer impune
|
| Voando, saem os homens avoado
|
| Descabelado, mesmo fartos de achar tumultuado
|
| Acorda cedo, lava o rosto, disposto
|
| Faço a prece, um tormento, um momento, o arrebento, ele é a febre
|
| Reclama, cada vida mora lá na vila
|
| Participa disposto a tudo
|
| Rancoroso, se vai, ele trás muito
|
| Ele é piolho, sem dar pipoco
|
| No sapatinho inimigo tenebroso, bicho solto
|
| Pra que todos não acha pouco
|
| Se alguém aprende, ele é o oposto
|
| A guerra lá na sul não terminou
|
| Vejo o meu povo correndo assustado
|
| Com salseiro, medo
|
| Na quebrada, aberta a caça aos dedos de gesso
|
| Pode crer, um terrível pesadelo
|
| Carro frio, ganso, embalo
|
| Menor descabelado, playboy de som no talo, talo
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, te pode submeter
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, você só vai se submeter
|
| Às exigências que o medo pode te oferecer
|
| Sei que as leis são rude, rá ladrão!
|
| Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é…
|
| Cordial temos que ser, prevalecer impune
|
| Na favela várias minas de
|
| Falta de crença, vendeu sua TV, virou cantina
|
| Criança perdida, é uma criança iludida
|
| Ontem sonho em ter uma boneca, hoje quer ser a Tiazinha
|
| Rá! |
| Uma maneira de ser Feiticeira pra hipnotizar
|
| Às vezes fixa, acredita em ser melhor modelo
|
| Pode crer, hoje a Itália, a China
|
| O itinerário do puteiro, descabelo
|
| Cruel, quase nua
|
| Não posso me iludir, muitas delas diz
|
| Não andam de Bis, 7 galo sim, CBR 1100 cilindrada
|
| A mesma loira que o Brown falou, colou na quebrada
|
| De mini-blusa, minissaia, armadilha armada
|
| Por baixo quase nada, causou revolta, gostosa, safada
|
| Olha só quem deu risada, não digo nem pro itinerário
|
| O pesadelo
|
| Rá, eu falo sempre pelo contrário
|
| Ré, não pelos otários
|
| Mas para os caras fracos, ser o bicho é comer rápido
|
| É, a vida vale mais que a curtição de sábado
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, te pode submeter
|
| Com paciência, você consegue vencer
|
| Como consequência, você só vai se submeter
|
| Às exigências que o medo pode te oferecer
|
| Sei que as leis são rude, rá ladrão!
|
| Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é…
|
| Cordial temos que ser, prevalecer impune
|
| Seja em tempos de bonança, ou em tempos de tempestade de verdade
|
| Maurinho, Mauro Mateus, vulgo Sabotage, compadre
|
| Sinto saudades reais
|
| Das novidades, das risadas, das ideias avançadas
|
| Que fizeram a cabeça de tanta gente ao longo desses anos
|
| Continuam por aí, pairando no ar
|
| Inspirando quem segue, quem inicia a saga, de começar a rimar
|
| Pois é, compadre, vou te falar
|
| O dono do mundo agora é preto, tá sabendo disso?
|
| Se isso é sinal de mudança no mundo?
|
| Porra, compadre, não sei mesmo, não sei
|
| Eu sigo na minha lei, na minha premissa
|
| Um olho no padre, e outro na missa
|
| Mas sempre com paciência |