| Clássica, ó! |
| Pra variar bem mais velha
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| Contei por cada tattoo e o desviar do olhar, séria
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| Como quem quer férias com alguém da banca
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| Que não perde tempo ou ronca
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| Quem só fala não dá conta dela
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| Com alguns contatos na favela
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| Baladas trash ou aquela Clash com teu cash, long neck Stella
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| Maloca agora é capa de revista, monta marca e vai pra pista
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| Se não arrisca o tempo passa, skatista
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| Concentrada em cada vírgula do meu discurso
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| Com a mesma expressão suave, singular refúgio
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| Dos meus olhos guardo cada flash
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| Dos seus olhos, cê quer? |
| Acontece
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| Amanhece é outono, eu e ela rumo a Roma
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| À vontade com vontade toda tarde a gente fuma junto
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| Dinheiro não é mais problema, já escrevo a cena
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| O que desejo, vejo, almejo em efeito Katrina
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| Deixou de ser «mina», linda, pés no chão
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| Brinda e presta atenção que a vida é uma constante questão
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| Um instante é o suficiente pra sua mente tropeçar no coração
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| Me entende? |
| Se sim, me dá sua mão
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| Química imediata, eu curto mulher chata
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| Que cisma vários defeitos, mas me mima, saca?
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| Então vem, vem, vem que tem
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| E não se assusta com os amigos que dinheiro eles tem também
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| Quem é ela?
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| Vestido curto, corte novo, Prada
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| Quem é ela?
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| Tecido claro, Dior em pele parda
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| Quem é ela?
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| Bom gosto, hein?
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| To disposto, vem cá
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| Vou te apresentar o que é São Paulo
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| No melhor estilo, a tendência é nóis
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| Escuta a voz do Sapiência e eu te conto o após
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| Estilo social, marginal, chique
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| Mas dessa vez é na versão SPVIC
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| Sem telefone, nem pergunta de outro nome
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| Curte a festa, dança a festa, a la A Tribe, Kanye West, hã
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| Pete Rock, 9th, hora do nacional agora
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| De Racionais à Haikaiss de Dina Di à Flora
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| Da hora, é máfia de várias quebrada a fora
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| Vários de milianos, vários chegando agora
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| Vários tão só improvisando, vários criando escola
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| Mas só quem respira rap desde moleque que comemora
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| E você gata, vamo vira o vinil
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| Tão pouco tempo pra explicar e ainda rimando então shhhiu
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| Dois, zero, um, zero, intero mais essa sessão
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| Com meu irmão também sincero
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| Olhe em volta, problemas que emendam em problemas
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| Conturbações roubam cenas, dilemas travam sistemas
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| Eu quero um trago, pra ver se modifico esse tema
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| Captação traz a antena, pra agilizar meu esquema
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| Com aquela ali, eu digo aquela, aquela que sorri
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| A que se mexe e provoca uma sensação faz sentir
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| Diferente, contente o olhar que foca e desvia
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| Mas todavia ela ria, se aproximava, queria
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| Mais dois minutos curtos, veio então o tal isolamento
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| A concorrência lamento, ocasião do momento
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| Lembro do vento que batia que o copo da mão caía
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| Mão boba que se atrevia, o vestido dela subia até a calcinha
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| Olhou me arrancou a camiseta, garota que pra essas horas
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| Nem liga pra etiqueta, garota que não rejeita
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| Aceita não quer desfeita, refeita que vem com classe
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| Atitudes que criam fases
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| Mas o que será que ela vai pensar de mim
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| Mas o que será que ela vai falar de mim
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| Ela diz: «Você faz bem o estilo que eu amo»
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| Então pensei: Vem comigo, vamo, samba que eu gamo
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| Daqui pra frente, sei lá, só tenho uma certeza
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| Ouvi dizer que as maravilhas se encontram nas profundezas
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| Quem é ela?
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| Vestido curto, corte novo, Prada
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| Quem é ela?
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| Tecido claro, Dior em pele parda
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| Quem é ela?
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| Bom gosto, hein?
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| To disposto, vem cá
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| Vou te apresentar o que é São Paulo |