| Uh! |
| Eu acho que o jovem de hoje em dia deve ler e se informar
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| Ver bem as coisas como são
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| Pra poder contestar as coisas de forma clara
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| Não só rimas em vão
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| Algo no ar, contrariado, nêgo chega
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| Pra reclamar fortes momentos de tristeza
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| De um gás que sobe (gás que sobe)
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| Parceiro, truta forte, ih, ih
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| Ventão que inspira sorte, guerreiro que resolve
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| Socorre, heh-heh!
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| Não dispensa o cano e corre
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| Não é loc, é tipo um Pixinguinha nos acordes
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| Mesmo sofrendo, alcança as águas de Riacho Doce
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| Onde quer que está e esteja, vai estar protegido
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| Aquele que nos dito, bem, também fora menino
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| Me sinto motivado de prioridades
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| Na cidade, pressionado por necessidades
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| Só maldade pra invadir co-ban e lares
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| E um qualquer, quem sabe
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| Pra comprar um Cadillac, mais tarde
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| Do tipo sem caô, só boa imagem
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| Um descendente dos Palmares, é, você sabe
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| Aos manos do outro lado da muralha, aquele salve
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| Pra, quem sabe, na próxima visita, a liberdade
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| A paz alcançará, na sul, o amor do pai
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| Seguir firmão, serei capaz
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| De sempre em sempre, mais
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| O Criador fará de ti um bom rapaz
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| Se passa o tempo e eu vou vendo, vários no veneno
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| É sempre assim:
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| Na zona sul, ladrão bom vai embora cedo
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| Para a permanência do sistema carcerário
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| É a decadência, fraude na lei do mais fraco
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| Existente, na mente de quem anda errado
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| Falta emprego pra’quele que pegou pesado
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| Onilê, ô, pai Ogum, aiê-iê, ô, mãe Oxum
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| Filho de Nzambi
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| Cansado de ver sangue, aqui, na sul
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| Odara, odara ao povo preto, seja obsoleto
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| Talvez mais ligeiro, faça tudo em segredo
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| A liberdade vem primeiro
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| Meu clone, meu espelho
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| Sem sossego, sem emprego, no perreio, daquele jeito
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| Peço ao boiadeiro: ouça ao meu apelo
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| O povo está crescendo, fique atento
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| Odin, ordene o vento
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| No mar, um barco: pra remar tem que ter remo
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| Independente, não de mim
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| Mas, também, sim, vários pretos
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| A criançada faz do rap seu espelho
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| São Cosme e Damião, dê-lhes proteção
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| Na saída do campão, na final do Coringão
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| Na passeata do centrão, paz para o povão
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| Ozaziê! |
| Oxente na Bahia, baiano
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| Seja escudo deste mano que se encontra em prantos
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| Que, por engano, tretou com fulano
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| Hoje é seu dia
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| Perante a lei do homem, o cano
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| Ó, Senhor, que gire o mundo
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| Eu peço agô pro subúrbio
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| Existe força suprema, problema pra ciência
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| Lá no Canão, somente Deus me dá certeza
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| Das incertezas e inclarezas que seus filhos fazem
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| Os perdoe, pai, eles não são capazes de viver em paz
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| De forma, irracionais, ambiciosos
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| Se lembram de Jesus pra ir ao pódio
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| E, em seus olhos, vejo um ódio diabólico
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| A figura do Senhor tá sempre em pele de leprosos
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| Aquele que nasceu, porém, em Jerusalém
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| Fora traído, porque, do inimigo, quis o bem
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| Sem pesadelo, na paz ou por inteiro
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| Demorou, aqui estou, de mente afoita, ligeiro
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| Me dê ao menos tempo pra orar
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| Pedir pra Oxalá me preparar pra fama
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| Bater cabeça no Gongá, só na manha
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| Vou toma banho de abô, nas ervas de Aruanda
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| Quem não conhece, enfim
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| Eu sei, difama, mas nada contra
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| Várias demandas arrematadas na Umbanda
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| Sé, em quem carrego a fé desde criança
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| Deus menino, meu pastor, console a nossa dor
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| Guerras, intrigas de família, é um horror
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| Nossa Senhora, olhe por todos
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| Jesus faz pelo povo
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| A terra, a água, o mar e o ar, e a natureza, e o oposto
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| Santa Clara clareou, agora aqui estou
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| De mente erguida, vou que vou
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| Vou no Cristo Redentor
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| De graças ao Senhor, sem dinheiro e com amor
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| Lutou e conquistou, culpados, perdoou
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| Quem crucificou
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| Tentou provar que não errou, se apavorou
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| Ao ver que Deus menino, então, ressuscitou
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| Quero axé
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| Do Brooklin ao Canão, vejo os irmãos e vou na fé
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| Assim que é (assim que é)
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| Eu quero axé
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| Do Brooklin ao Canão, vejo os irmãos e vou na fé
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| Assim que é (assim que é)
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| Algo no ar, contrariado, nêgo chega
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| Pra reclamar fortes momentos de tristeza
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| De um gás que sobe (gás que sobe)
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| Parceiro, truta, forte
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| Um mano firmeza fala sempre com clareza
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| Está contra a realeza que ostenta essa pobreza
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| Mais vale a liberdade e o bem que ela te faz
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| Liberdade é tudo aquilo, liberdade é muito mais
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| Pião num Impala, num domingo de sol
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| Andando de skate ou jogando futebol
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| A raça unida jamais será vencida
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| A raça unida é o que pega, é o que liga
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| Se liga, me diga
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| Se a vida, aqui, não merece uma chance
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| Fora do pesadelo, esperto no lance
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| A vida vivida de um modo simples é bem melhor, pra mim
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| A vida vivida de um modo simples é bem melhor, pra mim
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| Há uma aparente possibilidade de mudar as coisas
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| Definitivamente, não vão me deixar pra trás
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| Não mais, não mais, não mais
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| O estado pleno da sabedoria é o dom mais elevado
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| Renovando e transformando, mudando todo o quadro
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| Eu tô ligado
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| Chorão e Charlie Brown, Sabotage, lado a lado
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| Família RZO, então, eu sei
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| Renovação me traz a brisa, cada medida
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| Unidos um dia, então
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| Seremos, nós, a justiça, nós, a justiça
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| Essa eu fiz por vocês, irmãos-mãos-mãos
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| Essa eu fiz por você, ladrão-drão-drão
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| (Por favor, Deus)
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| Essa eu fiz por vocês, irmãos-mãos-mãos
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| (Por favor, Deus)
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| Essa eu fiz por você, ladrão-drão-drão
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| Uh, Deus, uh, Deus, deixe-me poder seguir
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| Oh, por favor, Deus |